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2020-03-13
Alcina de Oliveira Alves fala sobre a inevitabilidade do azar

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Em dia de sexta-feira 13, Alcina de Oliveira Alves, Associada do Departamento de Tecnologias, Media e Telecomunicações da CCA, escreve artigo de opinião para o Observador sobre a inevitabilidade do azar na vida como no jogo, analisando a situação económica macaense, face ao novo COVID-19, como o momento em que a China poderia reconsiderar a sua posição face ao jogo online, permitindo o seu licenciamento.

Em Macau, região administrativa especial (RAE) da República Popular da China, a receita de jogo territorial (exploração de casinos) totalizou mais de 32 mil milhões de euros, tanto em 2018 como em 2019, e os casinos têm um funcionamento ininterrupto, 24H por dia, sete dias por semana. Face ao surto de COVID-19, e como medida de prevenção, o governo chinês ordenou o encerramento total de todos os casinos do território, sendo possível que, por cada dia de encerramento as concessionárias tenham perdido receitas na ordem dos 100 milhões de euros.

"Apesar de o jogo online ser um negócio diferente do jogo territorial e, portanto, um jogador que se desloque a um casino para jogar roleta francesa poderá não estar disposto a jogar esse mesmo jogo num computador e vice-versa, a mera possibilidade de aceder a jogo online teria deixado uma porta aberta aos consumidores do jogo de Macau, maioritariamente chineses como já apontado, para continuar a jogar. Hipoteticamente falando, esta medida poderia contribuir para diminuir a quebra de receitas que continuam a registar os casinos macaeense", sublinha Alcina de Oliveira Alves.