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A presença das redes sociais nas nossas vidas tem assumido, gradualmente, um peso cada vez maior, existindo vários alertas para a sua potencial toxicidade. Num artigo de opinião para a revista IT Channel, Ana Rocha, Associada Sénior do Departamento de Tecnologias, Media & Telecomunicação, explica de que forma estas plataformas online têm alterado negativamente os nossos comportamentos e os riscos inerentes à sua utilização para os direitos e liberdades das pessoas.
"Os modelos de negócio destes serviços da sociedade da informação têm-se tornado cada vez mais complexos e intrincados assentando sobretudo em dados pessoais. Muitos, múltiplos e variados dados pessoais tratados com base em sofisticados algoritmos e técnicas de inteligência artificial", afirma a Associada da CCA.
Sobre a recolha destes dados, Ana Rocha sublinha que "a combinação desta informação poderá, muitas vezes, apresentar carácter sensível ao revelar (ou permitir inferir, de forma precisa ou não) por exemplo opiniões políticas, convicções religiosas, filosóficas ou estados de saúde o que exige especiais cuidados e determina que, com maior relevância, seja avaliado se o tratamento em causa será lícito, leal e transparente em relação ao titular dos dados o que incluirá proceder a uma avaliação ética".
Por outro lado, de acordo com a Associada, "a publicidade é fundamental e a personalização de anúncios e conteúdos com base nos interesses e necessidades de cada um tem inúmeras e evidentes vantagens e benefícios. É assumindo que deverá existir um equilíbrio entre estas 'forças' que parece ser fundamental estabelecer princípios e definir critérios para que seja possível alocar responsabilidades e aumentar a transparência- ainda que esta pareça uma tarefa hercúlea de definir e pôr em prática!".
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