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Madalena Azeredo Perdigão, Sócia do Departamento de Imobiliário da CCA Law Firm, na rubrica "Advogado do mês" da Advocatus fala sobre a sua recente nomeação, o regime de teletrabalho em tempos de confinamento e o futuro do mercado imobiliário português que, como consequência da pandemia, atravessa agora uma iminente recessão.
Os impactos da crise no setor imobiliário serão "a médio e longo prazo ainda uma incógnita e irá depender de vários fatores, designadamente do tempo da retoma e da eficácia das medidas dos Governos dos vários países, que determinará a capacidade de reação das empresas e dos investidores. No entanto, será inevitável o reajustamento dos preços e a da afetação dos imóveis, para o reequilíbrio da oferta face à procura", afirma Madalena Azeredo Perdigão.
A Sócia da CCA acrescenta ainda que o maior desafio para o setor "será manter ou, pelo menos, minimizar a queda dos níveis de procura e de investimento no setor verificados nos últimos anos e, para isso, será necessário: conseguir manter a confiança e o interesse do investidor estrangeiro, seja o particular, seja o institucional, através de políticas de incentivos associados a este setor e, bem assim, através de sinais de estabilidade na legislação, no setor bancário e na economia (que possam sobrepor-se ao medo), pois Portugal é um país pequeno, não sendo suficiente a procura nacional".
Sobre o futuro do mercado imobiliário português, Madalena Azeredo Perdigão sublinha que "daqui a dez anos, o setor imobiliário irá novamente atingir recordes e irá trazer novos conceitos ligados à flexibilidade, mobilidade e sustentabilidade, pois uma vez mais terá de reinventar-se, procurar ser competitivo e um dos motores da economia, para poder fazer face aos meses/anos de recessão que se adivinham e que irão marcar a primeira fase desde novo ciclo".
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