As medidas aprovadas pelo Governo para apoiar as empresas, pretendem travar o desemprego provocado pela pandemia da COVID-19. No entanto, e de acordo com especialistas em direito laboral, estas apenas conseguem mitigar e atrasar o problema. Em declarações ao Jornal de Negócios, Pedro Antunes, Sócio do departamento de laboral da CCA, explica como se sentem as empresas cuja asfixia provocada pela crise pandémica, está a levar a reestruturações e ajustes na força de trabalho.
"Os nossos gestores parecem cansados de esperar pela tão falada 'bazuca' europeia e por medidas de fomento económico efetivo. Existe um fluxo de caixa para gerir e, de uma maneira geral, já não acreditam nos apoios", sublinha o sócio da CCA.
Para que as empresas consigam manter os postos de trabalho, Pedro Antunes defende que "a possibilidade de apenas se descontar 50% da taxa social única por parte do empregador", seria uma medida a adotar, uma vez que se tem "revelado significativo no corte da despesa do 'payroll'. Adianta, ainda, que é "urgente a União Europeia libertar os fundos, mas também que Portugal, quando os receber, simplifique a sua atribuição".
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