De acordo com a Comissão Europeia, a transição verde na economia da zona euro deve ser inclusiva e constituir um motor para a modernização do tecido empresarial, sem dificultar a contabilidade de empresas com menos capacidade financeira. Em declarações ao Jornal Económico, Tânia de Almeida Ferreira, Sócia e Coordenadora do Departamento de Fiscal da CCA, comenta a criação de políticas fiscais que apoiem à transição energética.
"Para entidades sem direito à dedução de IVA, onde a conversão energética acaba por ter um custo superior pela impossibilidade de recuperar o IVA suportado, porque não permitir uma direta dedução à coleta do IRC do valor correspondente a esse IVA?", questiona a Sócia da CCA que sugere, igualmente, a criação de um SIFIDE para a transição energética ou a majoração de custos para investimentos em energias renováveis.
Tânia de Almeida Ferreira defende que estes mecanismos são perfeita e facilmente articuláveis com outros apoios orçamentais, "será apenas uma questão de canalizar fundos públicos, quer de fonte nacional (impostos que cobra), quer de fonte europeia (entre outros, os resultantes do Plano de Recuperação e Resiliência), para a concessão de financiamentos".