No dia em que se celebra o Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor, Tito Rendas, Consultor do Departamento de Tecnologias, Media & Telecomunicações da CCA, escreve artigo de opinião para o Expresso sobre o mercado literário em Portugal em tempos de crise pandémica. Com o agravamento da pandemia e a declaração de estado de emergência, as vendas de livros em Portugal caíram abruptamente e as vendas online, apesar do crescimento, estão longe de compensar a queda nos pontos de venda físicos.
"São necessárias medidas específicas para apoiar quem vende os livros e quem os publica – e paga a autores e a outros agentes do sector, como revisores, tradutores e paginadores. E isto inclui as pequenas editoras, as livrarias independentes e os alfarrabistas, todos eles fundamentais para a promoção da bibliodiversidade, que é como quem diz, para não andarmos todos a ler as mesmas coisas", sublinha Tito Rendas.
O Consultor da CCA, acrescenta ainda que "à data ainda não foram anunciadas medidas para ajudar o sector livreiro a fazer face à crise. Não basta dizer, como fez Graça Fonseca, que as livrarias podem permanecer abertas, desde que vendam ao postigo, como as farmácias. Os livros cheiram-se, os livros mexem-se, os livros namoram-se. Os livros compram-se, não raro, por encanto e por impulso. E nada disso acontece com o paracetamol ou o ibuprofeno".